
O pé é uma estrutura complexa formada por 26 ossos e responsável por sustentar todo o peso do corpo. Por isso, as fraturas do pé são relativamente comuns e podem ocorrer em qualquer idade, afetando desde atletas até pessoas em atividades rotineiras.
Como ocorrem as fraturas no pé?
Elas podem acontecer em situações como:
• Quedas ou torções
• Batidas com objetos pesados
• Acidentes de trânsito
• Atividades esportivas de impacto ou mudanças bruscas de direção
• Estresse repetitivo, como em corredores (fraturas por estresse)
Quais são os principais tipos de fratura no pé?
As fraturas podem atingir diferentes regiões do pé:
- Falanges (ossos dos dedos)
• São as mais comuns, muitas vezes causadas por trauma direto (chutar algo).
• Geralmente são tratadas com imobilização simples, mas fraturas desalinhadas podem exigir cirurgia. - Metatarsos (ossos do “peito” do pé)
• Podem fraturar por trauma direto ou por sobrecarga repetitiva (fratura por estresse).
• A fratura do 5º metatarso, conhecida como fratura de Jones, é uma das mais frequentes e pode precisar de cirurgia dependendo do caso. - Tarso (ossos mais internos, como o calcâneo e o tálus)
• São fraturas mais graves, geralmente causadas por trauma de alta energia (quedas de altura).
• Podem comprometer a função do pé e exigem acompanhamento rigoroso.
Quais são os sintomas?
Os principais sinais de fratura no pé incluem:
• Dor forte e imediata após o trauma
• Inchaço e hematoma
• Dificuldade ou incapacidade de pisar ou apoiar o pé no chão
• Deformidade visível ou dedo torto (em alguns casos)
• Em fraturas por estresse: dor que piora com esforço e melhora com o repouso
Como é feito o diagnóstico?
O ortopedista realiza uma avaliação clínica e solicita exames de imagem:
• Radiografia (RX) é o exame inicial padrão
• Tomografia pode ser necessária em fraturas articulares ou complexas
• Ressonância magnética é útil para fraturas por estresse quando o RX é normal
Qual é o tratamento?
O tratamento depende da localização, tipo de fratura e estabilidade:
Tratamento conservador:
• Imobilização com bota ortopédica, tala ou gesso
• Apoio restrito (uso de muletas) conforme orientação
• Repouso, elevação e gelo para controle da dor e inchaço
Tratamento cirúrgico:
• Indicado quando há desvio, instabilidade, fraturas articulares ou múltiplos fragmentos
• Envolve fixação com parafusos, placas ou pinos
• A recuperação pode exigir reabilitação prolongada
Como é a recuperação?
A reabilitação é essencial para restaurar a função do pé:
• O tempo de recuperação varia entre 6 e 12 semanas, podendo ser maior em fraturas graves
• A fisioterapia ajuda a recuperar mobilidade, equilíbrio e força
• O retorno ao esporte ou trabalho depende da evolução clínica e dos exames de controle
O que pode acontecer se não tratar corretamente?
Fraturas mal alinhadas ou não tratadas podem levar a:
• Dor crônica
• Deformidades
• Perda de mobilidade
• Artrose precoce
• Alterações na marcha e sobrecarga em outras articulações
Conclusão
O pé é a base do nosso corpo e merece atenção. Ao menor sinal de fratura — como dor persistente ou dificuldade de pisar após trauma — procure um ortopedista. Um diagnóstico precoce e um tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e garantir um retorno seguro às suas atividades.

Dr. Paulo Victor Dias Almeida
Ortopedista e Traumatologista | Cirurgião de Quadril
CRM 5163 | RQE 3537 | TEOT 19528
Ortopedista em Palmas-TO
Agende sua consulta