O pé é uma estrutura complexa formada por 26 ossos e responsável por sustentar todo o peso do corpo. Por isso, as fraturas do pé são relativamente comuns e podem ocorrer em qualquer idade, afetando desde atletas até pessoas em atividades rotineiras.

Como ocorrem as fraturas no pé?

Elas podem acontecer em situações como:
• Quedas ou torções
• Batidas com objetos pesados
• Acidentes de trânsito
• Atividades esportivas de impacto ou mudanças bruscas de direção
• Estresse repetitivo, como em corredores (fraturas por estresse)

Quais são os principais tipos de fratura no pé?

As fraturas podem atingir diferentes regiões do pé:

  1. Falanges (ossos dos dedos)
    • São as mais comuns, muitas vezes causadas por trauma direto (chutar algo).
    • Geralmente são tratadas com imobilização simples, mas fraturas desalinhadas podem exigir cirurgia.
  2. Metatarsos (ossos do “peito” do pé)
    • Podem fraturar por trauma direto ou por sobrecarga repetitiva (fratura por estresse).
    • A fratura do 5º metatarso, conhecida como fratura de Jones, é uma das mais frequentes e pode precisar de cirurgia dependendo do caso.
  3. Tarso (ossos mais internos, como o calcâneo e o tálus)
    • São fraturas mais graves, geralmente causadas por trauma de alta energia (quedas de altura).
    • Podem comprometer a função do pé e exigem acompanhamento rigoroso.

Quais são os sintomas?

Os principais sinais de fratura no pé incluem:
• Dor forte e imediata após o trauma
• Inchaço e hematoma
• Dificuldade ou incapacidade de pisar ou apoiar o pé no chão
• Deformidade visível ou dedo torto (em alguns casos)
• Em fraturas por estresse: dor que piora com esforço e melhora com o repouso

Como é feito o diagnóstico?

O ortopedista realiza uma avaliação clínica e solicita exames de imagem:
• Radiografia (RX) é o exame inicial padrão
• Tomografia pode ser necessária em fraturas articulares ou complexas
• Ressonância magnética é útil para fraturas por estresse quando o RX é normal

Qual é o tratamento?

O tratamento depende da localização, tipo de fratura e estabilidade:

Tratamento conservador:
• Imobilização com bota ortopédica, tala ou gesso
• Apoio restrito (uso de muletas) conforme orientação
• Repouso, elevação e gelo para controle da dor e inchaço

Tratamento cirúrgico:
• Indicado quando há desvio, instabilidade, fraturas articulares ou múltiplos fragmentos
• Envolve fixação com parafusos, placas ou pinos
• A recuperação pode exigir reabilitação prolongada

Como é a recuperação?

A reabilitação é essencial para restaurar a função do pé:
• O tempo de recuperação varia entre 6 e 12 semanas, podendo ser maior em fraturas graves
• A fisioterapia ajuda a recuperar mobilidade, equilíbrio e força
• O retorno ao esporte ou trabalho depende da evolução clínica e dos exames de controle

O que pode acontecer se não tratar corretamente?

Fraturas mal alinhadas ou não tratadas podem levar a:
• Dor crônica
• Deformidades
• Perda de mobilidade
• Artrose precoce
• Alterações na marcha e sobrecarga em outras articulações

Conclusão

O pé é a base do nosso corpo e merece atenção. Ao menor sinal de fratura — como dor persistente ou dificuldade de pisar após trauma — procure um ortopedista. Um diagnóstico precoce e um tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e garantir um retorno seguro às suas atividades.

Dr. Paulo Victor Dias Almeida
Ortopedista e Traumatologista | Cirurgião de Quadril
CRM 5163 | RQE 3537 | TEOT 19528

Ortopedista em Palmas-TO

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